Um blog de Joaquim Gagliardini Graça

terça-feira, julho 20, 2004

Âncoras


Quinta-feira. Chego, desfaço a mala e saio de casa para jantar com amigos num restaurante habitual. As pessoas estão cansadas. Acaba o jantar e vou a um café enquanto os outros seguem para casa. Procuro. Vou a bares e acabo a noite numa discoteca. Ninguém interessante. Vou dormir. Acordo no dia seguinte esperançoso de fazer praia. Estão 18º e o céu fica encoberto o dia inteiro. Lá se foi a minha folga. À noite tento outra vez. Mas está tudo na mesma senão pior. Encontro até gente que não quero. Vou dormir pois ao menos descanso. Acordo às 9:30 da manhã com forró brasileiro dentro de casa e pelo bairro inteiro. Faço as malas e volto para Lisboa.
Há sítios que nos confortam. Se estamos mal deixam-nos um bocadinho melhor. Se estamos bem assim continuamos. Não são muitos. São difíceis de encontrar. Não são apenas os sítios, são as pessoas. Não se mantêm sempre assim. As coisas mudam. Uns aparecem, outros desaparecem. Mas voltamos sempre a eles, na esperança de encontrar a nossa âncora. Quando os perdemos ficamos deprimidos. Aconteceu este fim-de-semana. Tem acontecido com frequência, demasiada frequência. Quando assim é procuramos novas âncoras. Felizmente já as encontrei.

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