Um blog de Joaquim Gagliardini Graça

quinta-feira, junho 29, 2006

Não era má ideia

estes senhores optarem por procurar emprego, prevenindo o futuro, enquanto ainda têm margem de manobra para o fazer. A continuação de palhaçadas como a de hoje só torna mais difícil a situação dos próprios, complicando a vida de quem vive e trabalha em Lisboa. O papel do Ministro da Economia, ao recebê-los, deveria ser explicar-lhes exactamente isto.

quarta-feira, junho 28, 2006

Sugestivo

Eis o novo motor de busca europeu. Foi apresentado no telejornal da RTP1 com um "o" a menos e um sorriso nos lábios do José Rodrigues dos Santos.

quarta-feira, junho 21, 2006

Acabou-se o défice

Futebolistas, padres e domésticas vão pagar mais segurança social

Justiça em directo

Xanana exige demissão de Alkatiri

Demitir um Primeiro-Ministro com base em informações obtidas através de um documentário da BBC (por muito convincente que seja) dá a noção exacta do estado da democracia timorense e do funcionamento das suas instituições.

sexta-feira, junho 16, 2006

Dois anos de e-jetanços

Venha o terceiro;)

Adenda: Muito obrigado a todos, em especial à Margarida, Espumante e Jorge Ferreira pelos simpáticos posts!

quarta-feira, junho 14, 2006

Nazis das ondas

Parece ser a nova missão desta gente dar cabo das tardes nas praias portuguesas.
Permitem-se chegar a uma praia com mar calmo (neste caso passou-se na Praia do Sul da Ericeira), alterar a bandeira de amarelo (já de si exagerada) para vermelho e expulsar todos os banhistas do mar.
Valeram-nos as zonas sem vigilância (na mesma praia) onde, com o acordo dos nazis das ondas, pudemos banhar-nos à vontade.

Coisas que me ultrapassam

Será assim tão difícil prolongar o serviço dos transportes públicos, durante a noite de Sto. António, em Lisboa?

Ironia do destino

Chuva por todo o país em dia de greve cirurgicamente marcada.

segunda-feira, junho 12, 2006

Figuinho mai lindo 1 - 0 Angola

Conseguir ganhar com um anão tosco em campo durante 90 minutos é obra.

sexta-feira, junho 09, 2006

Menos um filho da puta

Aguardo com interesse as reacções dos críticos do costume. Onde andam estes? E estes? E estes?

A falsa concorrência

A decisão do ministro Manuel Pinho, ao autorizar a compra de 40% das Autoestradas do Atlântico pela Brisa contrariando o parecer da Autoridade da Concorrência, conseguiu unir esquerda e direita nas críticas que gerou.
Sendo um defensor acérrimo da livre concorrência compreendo, neste caso, a decisão do ministro.
Na realidade trata-se aqui de um sector totalmente regulado pelo Estado através dos contratos de concessão, pelo que falar de livre concorrência é descabido.
O erro está, claramente, do lado da AdC. Defender o consumidor não passa necessariamente pela proibição cega de aquisições ou fusões, em especial quando não funcionamos num mercado livre, coisa que infelizmente acontece neste e noutros sectores fundamentais para a nossa economia.
Indo directamente ao que está em causa, a AdC deveria ter feito uma análise à qualidade do serviço prestado pelos operadores.
Os utilizadores da A8, concessionada à "monopolista" Autoestradas do Atlântico, sofrem diariamente com as obras que se realizam naquele traçado. A deficiente manutenção e péssima qualidade do piso (para não falar do traçado) resultam do serviço prestado por esta concessionária, pelo que a entrada da Brisa ou de qualquer outra empresa na gestão será sempre bem vista por parte dos utentes.
Esta situação manter-se-á enquanto o Estado não zelar pelo cumprimento rigoroso dos contratos de concessão e não promover a liberalização do mercado.

quarta-feira, junho 07, 2006

Ninguém tem dúvidas, Dra. Ana Gomes. Acredite!

"Alguém tem dúvidas de que eu - caída de paraquedas na política em 2002 - alguma vez teria sido integrada na lista europeia do PS, em 2004, se não fosse a determinação do então Secretário-Geral Ferro Rodrigues de me incluir e de se valer do sistema de quotas que, pela primeira vez, fez aplicar no Partido para me colocar no lugar elegível na lista em que fui apresentada ao voto do eleitorado?" (Ana Gomes)

A cultura do chibo

«A nova redacção prevê que seja o fumador a pagar se acender um cigarro em local interdito, embora recaia sobre o dono do estabelecimento o ónus de o alertar para a ilegalidade ou até de chamar as autoridades.» (DN

E se o dono do restaurante não avisar as autoridades por temer as reacções dos clientes?

terça-feira, junho 06, 2006

D Day

quinta-feira, junho 01, 2006

Parabéns atrasados

Ao exactamente por dois anos de boas montagens fotográficas, cheias de humor sarcástico. Bom trabalho!

Até sempre


Joaquim Dias Afonso
08.07.1922 - 27.05.2006

Conheci o Quim Lebre há cerca de 20 anos, tinha eu catorze ou quinze, quando a malta da minha geração começou a frequentar "O Lebre", um café/taberna de pescadores no centro da Ericeira, onde os preços eram manifestamente mais baixos que na concorrência. Devido à sua simpatia, ficámos rendidos ao Quim logo no primeiro dia.
Desde então, raras foram as noites de copos na terra que não passasse por lá. O Quim acolheu-nos na sua casa como se da própria família se tratasse. Foram anos de amizade que o levaram a abrir as portas até tarde, muitas vezes não tendo em conta a sua própria saúde. No entanto, estar connosco era também um motivo de alegria, estampada muitas vezes no seu rosto durante as nossas conversas. O Quim precisava da nossa companhia tal como nós da dele. Não é em vão que era considerado "O Rei da Juventude".
Depois de nós, gerações mais novas passaram a frequentar "O Lebre", confirmando-se como o espaço de eleição da noite ericeirense.
Há uns meses o estado de saúde do Quim agravou-se de tal modo que teve que ceder a exploração a um amigo. Faleceu no sábado, com muita tristeza nossa mas também com algum alívio pelo fim do seu sofrimento.
Continuámos e continuaremos a frequentar "O Lebre", na certeza que o seu espírito perdurará e na esperança que o espaço se mantenha.