Um blog de Joaquim Gagliardini Graça

sexta-feira, maio 26, 2006

Timor


Como todos sabemos, o despoletar da guerra em Timor foi causado por esta viagem em que dois ultraleves tinham como objectivo voar de Lisboa a Dili para entregar um abraço de Cavaco a Xanana. Infelizmente, não passou da Argélia, provocando um banho de sangue facilmente evitável, tivesse a aventura sido planeada com aviões a sério.
Resta-nos, assim, levar à prática a única solução que irá agradar a todas as partes (menos aos timorenses, mas esses são quem menos interessa aqui) e enviar Freitas do Amaral e Ana Gomes como governadores temporários (diria 100 anos), plenamente apoiados por 140 moções da ONU (com o voto contra dos americanos), até à estabilização (leia-se suicídio colectivo) do país.
A bem da Pátria.

E a direita aplaude...

Sócrates anunciou a liberalização da propriedade das farmácias bem como a abertura a privados (mediante concurso) das que se situam em hospitais públicos, com a particularidade de poderem estar abertas 24 horas por dia. Os resultados da livre concorrência não tardarão a aparecer, com benefícios óbvios para os utilizadores.
Estas são medidas da mais elementar justiça, em especial a primeira, que vem pôr termo a um monopólio vergonhoso (fruto de um corporativismo selvagem) que fez a vida negra a muita gente que perdeu o negócio de família simplesmente por não ter formação em Farmácia.

quinta-feira, maio 25, 2006

O nojo continua

«O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Melo, considerou hoje "lamentável" e "chocante" que o processo de Camarate não tenha sido levado a julgamento devido à prescrição do processo, sublinhando que o Estado e os tribunais desempenharam "um triste papel".»

Porque a verdade não prescreve no Eclético.

terça-feira, maio 23, 2006

O homem

Carrilho é um homem fácil de odiar ou, pelo menos, de não se gostar. É arrogante, tem aquele sorriso parvo em permanência, é muitas vezes mal-educado e considera-se uma vítima em quase tudo o que faz. Some-se a tudo isto o casamento com Bárbara Guimarães, causador do ódio profundo de muitos portugueses (que partilhavam a secreta esperança de a apanhar numa qualquer esquina da vida) e depara-se-nos a impossibilidade da razão analítica.
Desafio qualquer um a descolar o livrinho do personagem que o escreve, nomeadamente a conseguir imaginá-lo como uma crítica séria em vez da tentativa patética de justificar uma derrota.

sexta-feira, maio 19, 2006

Operação OTA Verão 2006

Não deixa de ser curiosa esta notícia da TSF onde a ANA se vem desculpar de possíveis atrasos e congestionamentos nas operações do aeroporto da Portela durante o próximo verão.
Em primeiro lugar, compete à ANA fazer uma gestão racional do espaço que tutela. Sabendo as capacidades operacionais, não faz sentido estar a excedê-las, prejudicando operadoras e clientes, a não ser com o propósito único de demonstrar a necessidade de um novo aeroporto.
Em segundo lugar, sabendo-se das necessidades de expansão do aeroporto civil, há muito passou o prazo aceitável de existência de um aeroporto militar em Figo Maduro. Esta saída permitiria resolver os problemas de estacionamento e tornaria possível a criação de novas plataformas de desembarque.
Em terceiro e último lugar, de acordo com os dados da própria ANA, são as operadoras low-cost as principais responsáveis pelo crescimento de tráfego. Este problema tem fácil resolução através da criação de um aeroporto especialmente destinado às mesmas (por ex. Alverca ou Montijo).

quarta-feira, maio 17, 2006

Parabéns

Aos bichos carpinteiros por um ano de textos que alegram e fazem rir.

terça-feira, maio 16, 2006

Livre concorrência


"O ministro da Economia, Manuel Pinho, garante que está a «seguir muito de perto» situação da fábrica da Opel na Azambuja e afirmou a disponibilidade do Governo para criar «um quadro positivo» e assim manter a empresa em Portugal."(TSF)

Dada a fiscalidade proibitiva vigente, para a qual o governo tem feito o favor de contribuir continuamente, só mesmo com a criação de "quadros positivos" será possível evitar deslocalizações.

A livre concorrência, essa, fica para outras andanças, que é como quem diz, para todos os outros que andam por cá.

A arte de bem governar

"We all know what we need to do, but we don´t know how to win elections after we have done it." Jean-Claude Juncker

Via Johann Norberg

quarta-feira, maio 10, 2006

Então e a Síria? E a Líbia? E o Sudão? E a Coreia do Norte?


HUMAN RIGHTS COUNCIL ELECTIONS

Valham-nos o Senegal, Nigéria, China, Arábia Saudita, Cuba, Russia...

Confere



Via PixaComXisProduxões

No meio de tantas asneiras...

anda tudo ofendido com um aperto de mão dado por Freitas do Amaral ao ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Mahmoud al-Zahar, durante a sua visita oficial aos Emirados Árabes Unidos.

“Estávamos à espera para nos reunirmos com o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, e os responsáveis do Protocolo apresentaram-nos. Somos pessoas bem educadas e cumprimentámo-nos"

Foi esta a explicação dada por Carneiro Jacinto que me parece perfeitamente plausível.

Não gosto (nunca gostei) de Freitas do Amaral e já antes o critiquei. No entanto, os que fazem tanto alarido por um mero aperto de mão circunstancial lembram-me os que chamam paneleiros aos jogadores de futebol porque dão beijinhos ou palmadinhas no cú uns dos outros (são, mas por outros motivos).

Como dizia o outro, é tudo uma questão de intensidade.

terça-feira, maio 02, 2006

Falar é fácil

"Promovam a vocação empresarial junto dos economistas." Foi este o desafio deixado por José Roquette à Ordem dos Economistas, na quarta-feira passada, num encontro promovido por aquela organização em que o empresário foi a figura convidada para falar sobre ética empresarial. Porque "Portugal tem hoje economistas a mais e empresários a menos", afirmou.(DN)

Sendo ambas as coisas, sei que para se ser empresário neste país é necessário nascer rico, estar ligado à política ou geneticamente dotado de uma boa dose de loucura pois gente empreendedora, formada e com boas ideias não é difícil de encontrar.
A dificuldade reside em arranjar quem invista ou empreste o capital (não estou a falar de subsídios) que permita um arranque mínimamente estruturado, capaz de resistir a rendas proibitivas, concursos viciados, aos PEC, IRC, SS, IVA a 21%, a carros e combustíveis a preços exorbitantes, aos incompetentes que não conseguimos despedir, a clientes que não pagam, tribunais que não deixam cobrar, seguradoras que fogem às suas responsabilidades, entre outras situações tão cá do bairro.

Conseguido o capital ainda temos que lidar com um mercado sem poder de compra, endividado muito para lá dos limites razoáveis, com um Estado caro, ineficiente, burocrático e estrangulador.
Mudar as operações para Espanha vai estando, cada vez mais, na ordem do dia se bem que existem alturas em que uma barraquinha de sumos numa praia tropical parece o melhor negócio do mundo.

Operação quê??

PJ detém quatro pessoas na "Operação Gugu"