"Promovam a vocação empresarial junto dos economistas." Foi este o desafio deixado por José Roquette à Ordem dos Economistas, na quarta-feira passada, num encontro promovido por aquela organização em que o empresário foi a figura convidada para falar sobre ética empresarial. Porque "Portugal tem hoje economistas a mais e empresários a menos", afirmou.(DN)
Sendo ambas as coisas, sei que para se ser empresário neste país é necessário nascer rico, estar ligado à política ou geneticamente dotado de uma boa dose de loucura pois gente empreendedora, formada e com boas ideias não é difícil de encontrar.
A dificuldade reside em arranjar quem invista ou empreste o capital (não estou a falar de subsídios) que permita um arranque mínimamente estruturado, capaz de resistir a rendas proibitivas, concursos viciados, aos PEC, IRC, SS, IVA a 21%, a carros e combustíveis a preços exorbitantes, aos incompetentes que não conseguimos despedir, a clientes que não pagam, tribunais que não deixam cobrar, seguradoras que fogem às suas responsabilidades, entre outras situações tão cá do bairro.
Conseguido o capital ainda temos que lidar com um mercado sem poder de compra, endividado muito para lá dos limites razoáveis, com um Estado caro, ineficiente, burocrático e estrangulador.
Mudar as operações para Espanha vai estando, cada vez mais, na ordem do dia se bem que existem alturas em que uma barraquinha de sumos numa praia tropical parece o melhor negócio do mundo.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
terça-feira, maio 02, 2006
Falar é fácil
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário