Um blog de Joaquim Gagliardini Graça

quarta-feira, novembro 29, 2006

Low-profile

Depois da entrevista em simultâneo com a de Santana Lopes, na qual levou uma verdadeira tareia nas audiências, Cavaco Silva fará hoje uma comunicação ao país ao mesmo tempo que a SportTv transmite o importantíssimo Bolton-Chelsea.

Esta vontade de não ser visto deve fazer parte da tal cooperação estratégica que tanto pautou o seu discurso de campanha.

Coincidências

"Os senhores da Liga escolheram o árbitro Jorge Sousa, do Porto, para o jogo Sporting-Benfica. Ora bem: antes do jogo Estoril-União da Madeira, realizado a 7 de Março de 2004, o senhor José Veiga telefonou a Pinto de Sousa, então dirigente dos árbitros, e pediu-lhe que nomeasse o senhor Jorge Sousa para esse encontro. Pinto de Sousa não só concordou como prometeu telefonar ao árbitro para que ajudasse o Estoril de Veiga. Este pequena recordação, tirada do processo 'Apito Dourado', é só para memória futura." (in O Estado do Sítio)

Há coisas que nunca mudam...

Ainda a transparência

O desconhecimento de alguns conceitos básicos da economia promove esta alegre debate conceptual, moldado por uma moralidade pouco fundamentada cerceado pelo axioma da transparência obrigatória e 'mai nada'.

O JCD não percebe, ou finge não perceber, que o problema se coloca simplesmente ao nível da transparência fiscal do serviço prestado e não da qualidade do mesmo.
A emissão dos documentos legais exigíveis em qualquer transacção não é apenas um conceito económico. É, essencialmente, um conceito moral fundamentado num axioma de transparência que permita a todos jogarem com as mesmas regras e que, como tal, tem que ser obrigatório.
Será preciso fundamentar mais?

terça-feira, novembro 28, 2006

Os princípios do João Miranda

«A transparência é um bem comercial como outro qualquer, que se vende e que até tem cotação no mercado. O preço da transparência pode ser estimado pela comparação entre os preço praticados por empresas com métodos transparentes e os praticados por empresas pouco transparentes. O caso das oficinas é um bom exemplo. As oficinas oficiais, certificadas pela marca, com facturas detalhadas, que devolvem as peças substituidas e que têm controlo de qualidade externo são mais caras que as oficinas de habilidosos que não passam factura, não têm controlo de qualidade nem devolvem as peças alegadamente substituidas.

Mas o facto de estes dois tipos de oficinas existirem no mercado é positivo para o cliente. O cliente poderá escolher a que melhor lhe convém de acordo com as suas necessidades de transparência.

Qualquer tentativa do estado para impôr a transparência por decreto obrigará todas as oficinas a vender transparência, mesmo aos clientes que não precisam dela forçando uma subida generalizada dos preços cobrados
» (in Blasfémias)

Se calhar, se todos pagassem impostos e primassem pela transparência, o preço médio manter-se-ia ou até poderia baixar. Mas isto sou eu que digo, um tótó que que faz questão de pedir sempre a factura e que acredita, por convicção e princípio, que a transparência não é um bem comercial e deve ser imposta por quem de direito.

segunda-feira, novembro 27, 2006

O respeitinho é muito bonito

Terei sido o único a reparar que o maradona aparece linkado por duas vezes no novo 31 da Armada?

quinta-feira, novembro 23, 2006

Lisboa merece melhor


A CML aprovou, através do voto de qualidade de Carmona Rodrigues, um loteamento gigantesco numa zona (Marvila) que poderá vir a ser utilizada pelo futuro TGV, ignorando, assim, os pedidos de Mário Lino, que mal tomou conhecimento desta decisão avisou que irá tomar medidas preventivas que evitem o avanço da contrução nos referidos terrenos.
Ao aprovar este negócio, já de si muito duvidoso em termos de PDM, o que a CML fez foi possibilitar ao promotor o recebimento de uma avultada indemnização caso o Governo opte mesmo por avançar com o TGV naquele troço.
Numa altura em que a coligação PSD-PP foi desfeita e o PS vive num clima de guerrilha interna, não será tempo de se acabar com a palhaçada e convocar eleições? É que tanta imundície já mete nojo.

quarta-feira, novembro 22, 2006

MNE homenageia terrorista

Porque podem

Depois do Prós & Contras desta semana, ficámos a saber que a única razão pela qual TODOS os bancos abusam do período excessivo de liquidação de cheques e transferências (apoderando-se na prática de dinheiro que não lhes pertence) ou consideram que o ano tem 360 dias quando aceitam depósitos e 365 quando fazem empréstimos reside no facto destes procedimentos serem permitidos por lei.

Apesar da concorrência no sector, quando se trata de medidas sujas o entendimento é perfeito.

segunda-feira, novembro 20, 2006

sexta-feira, novembro 17, 2006

Silêncio

Depois de uma volta pela blogosfera, concluo que devo ter sido o único a ver a entrevista de Judite de Sousa a Santana Lopes.

Bom dia

Raul Midon - Sunshine (I Can Fly)



Quando o talento nos ultrapassa...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Brincar com o fogo

Cientistas: Camada poluição pode ajudar a arrefecer planeta

«Um grupo de cientistas, entre os quais um prémio Nobel, defende que uma camada de poluição deliberadamente espalhada pela atmosfera poderia ajudar a criar «sombra» e impedir que o Sol aqueça excessivamente o planeta.»

Ainda hei de ver o Estado a subsidiar-me a importação de um 190D com 20 anos .

quarta-feira, novembro 15, 2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Fins pacíficos

IAEA: Unexplained Plutonium, Enriched Uranium Traces Found in Iran (Fox News)

VIENNA, Austria — Experts from the International Atomic Energy Agency have found unexplained plutonium and enriched uranium traces in a nuclear waste facility in Iran and have asked Tehran for an explanation, an IAEA report said Tuesday.

The report, prepared for next week's meeting of the 35-nation IAEA, also faulted Tehran for not cooperating with the agency's attempts to investigate suspicious aspects of Iran's nuclear program that have lead to fears it might be interested in developing nuclear arms.

The four-page report made available to The Associated Press also confirmed that Iran has continued uranium enrichment experiments in defiance of the U.N. Security Council

O sistema

Se há coisa que me causou e ainda causa estranheza é o ódio desmesurado que grande parte da classe política, em especial os barões do centro, destila em relação a Santana Lopes.
Cavaco, Marcelo, Ferreira Leite, Pacheco Pereira, entre outros, trataram de o arrasar entre crónicas e comentários, traições políticas e rasteiras mais ou menos disfarçadas, contando com a complacência daquele que foi o pior PR que esta república teve desde o 25 de Abril.
É impossível avaliar e julgar o trabalho de um Governo em 4 meses e os tão propagandeados "acontecimentos", que serviram para Sampaio se refugiar da decisão cobarde e inconstitucional que tomou ao dissolver a AR, são completamente irrelevantes quando comparados com as asneiras, as mentiras, a prepotência e a arrogância que caracterizam a actuação do presente Governo. No entanto, coisas que nos tempos de Santana Lopes seriam consideradas "crimes de estado" não constituem sequer uma notícia de rodapé nos dias que correm.
Talvez este livro nos traga uma luz sobre o que realmente sucedeu. Por enquanto, tomo nota do "silêncio ensurdecedor" do sistema.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Ericeira, 25ºC, 2006/11/11

 

E viva o aquecimento global! Posted by Picasa

sexta-feira, novembro 10, 2006

Recorde mundial

160.398 ursos

Os meus parabéns.

O anestesista


Mais do que a precisão dos números da greve, gostaria de saber se alguém contabilizou o número de trabalhadores que faltaram ao emprego por terem adormecido durante a intervenção de Marques Mendes na discussão do Orçamento de Estado? Não serão estas faltas justificadas?

quinta-feira, novembro 09, 2006

Monopólio

Lucro da EDP subiu 83% nos primeiros 9 meses do ano, acima do esperado







Nós sentimos. Quanto mais não seja a ser sugada dos nossos bolsos.

Filhos e enteados

A guerra de palavras entre João Salgueiro e Teixeira dos Santos é mais um exemplo da sobranceria que reina na banca, reflectindo-se nas suas relações com o Estado e na forma como lida diariamente com os seus clientes. As ameaças de "vingança" sobre estes relativamente às novas medidas previstas pelo Governo, reflectem o espírito monopolista e corporativista que vamos tendo que aturar neste país pequenino.
Apesar de determinados actos mais ou menos sujos (como o excesso de taxas ou os prazos de liquidação de cheques) considero, na sua maior parte, os lucros dos bancos merecidos. Trata-se de um sector que se reestruturou, modernizou e que nada deve, em termos de qualidade de serviços prestados, ao que de melhor se faz lá fora.
O problema dos bancos pagarem poucos impostos, rondando a taxa média de IRC (excluindo a CGD) os 12,5% em lugar dos 25% normais, não me aflige especialmente. Convém não esquecer que esta situação é fruto de leis que permitem estes benefícios e que resultaram da promiscuidade entre o sector e os diversos poderes políticos mas também da actividade específica a que se dedicam.
Apesar de ver no atenuar desta situação uma medida de justiça ética e social, preocupa-me mais a tal sobranceria e abuso de poder que demonstram no dia-a-dia nas relações com os seus clientes.