A guerra de palavras entre João Salgueiro e Teixeira dos Santos é mais um exemplo da sobranceria que reina na banca, reflectindo-se nas suas relações com o Estado e na forma como lida diariamente com os seus clientes. As ameaças de "vingança" sobre estes relativamente às novas medidas previstas pelo Governo, reflectem o espírito monopolista e corporativista que vamos tendo que aturar neste país pequenino.
Apesar de determinados actos mais ou menos sujos (como o excesso de taxas ou os prazos de liquidação de cheques) considero, na sua maior parte, os lucros dos bancos merecidos. Trata-se de um sector que se reestruturou, modernizou e que nada deve, em termos de qualidade de serviços prestados, ao que de melhor se faz lá fora.
O problema dos bancos pagarem poucos impostos, rondando a taxa média de IRC (excluindo a CGD) os 12,5% em lugar dos 25% normais, não me aflige especialmente. Convém não esquecer que esta situação é fruto de leis que permitem estes benefícios e que resultaram da promiscuidade entre o sector e os diversos poderes políticos mas também da actividade específica a que se dedicam.
Apesar de ver no atenuar desta situação uma medida de justiça ética e social, preocupa-me mais a tal sobranceria e abuso de poder que demonstram no dia-a-dia nas relações com os seus clientes.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quinta-feira, novembro 09, 2006
Filhos e enteados
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