O Ministro do Ambiente veio responsabilizar as autarquias pelas cheias e todas as complicações que delas resultaram. Ao contrário de muitos, que se queixam da invisibilidade de Nunes Correia, eu sei quem é o senhor e até aprecio o facto de não se dar por ele.
A verdade é que Nunes Correia tem razão quando afirma que este é um problema das infra-estruturas urbanas e que as autarquias responsáveis não efectuam, na maior parte dos casos, uma manutenção cuidada das mesmas.
Acontece que o problema de base, muito maior do que a falta de manutenção das ditas infra-estruturas, tem sido a construção desenfreada em tudo quanto é terreno, edificando-se em leitos de cheias ou desviando-se linhas de água, entre outras barbaridades.
A utilização dos PDM como parte fundamental das receitas das autarquias em lugar de instrumentos de definição cuidada do ordenamento do território resultou no desatre urbanístico em que Portugal se tornou.
É por esta razão que Nunes Correia não pode excluir a responsabilidade das sucessivas administrações centrais no processo.
É que há muito que os favores e compadrios partidários são pagos em metros quadrados e o país não se esquece disso.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Sacudindo a água do capote
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