O problema de Pete Sampras não era a esquerda cruzada, em slice, em half-volley e na passada como diz o Nuno Miguel Guedes. Quem seguiu com um mínimo de atenção o circuito ATP sabe que Sampras sempre teve dois dramas.
O primeiro foi a esquerda batida em top-spin do fundo do court, derivada do facto de ter passado a bater a pancada a uma mão quando se fez homem, tendo percebido que qualquer jogador que procurasse uma carreira gloriosa no ténis moderno não podia ter esse tique amaricado das duas mãos (o Agassi não conta).
O outro drama era a sua manifesta incapacidade de manter uma bola dentro do court em pontos longos, especialmente na terra batida onde o serviço não é tão decisivo e a paciência é uma virtude.
Quanto ao Nadal, tão do agrado do maradona, é uma mistura de Thomas Muster com Michael Chang. O talento não abunda por aí além, mas com a força do primeiro e a capacidade de lutar até à morte por qualquer ponto do segundo lá vai levando a água ao seu moínho, i.e., vai ganhando torneios em terra batida e um ou outro noutra superfície em que o Federer (de longe o melhor e mais completo jogador de todos os tempos) não entre ou esteja com os intestinos de tal maneira desgovernados que consiga pintar as linhas do court à pistola.
Isto, claro, até ao dia em que o Federer (de longe o melhor e mais completo jogador de todos os tempos) se fartar e fizer uma aposta séria para ganhar em terra batida.
Acreditem nesta modesta opinião de um gajo que aos oito anos já tinha ténis para vos dar uma tareia em simultâneo e que só passou ao lado de uma grande carreira porque aos dezasseis optou, muito inteligentemente, pelo álcool.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
sexta-feira, setembro 08, 2006
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