A revista "Dia D" (suplemento do "Público") desta semana tem como tema de destaque o futuro dos jornais tradicionais, que têm vindo a sofrer quedas sucessivas e sustentadas nas vendas.
Acontece que, nos dias de hoje, as pessoas vão ficando cada vez menos dispostas a pagar por uma informação desactualizada, sendo que os jornais de distribuição gratuita servem perfeitamente o propósito de quem não tem acesso imediato a um televisor ou computador. Também não se tem verificado grande adesão às versões electrónicas por assinatura dos jornais tradicionais (como as do "Público" ou do "Expresso") pois o papel continua a liderar largamente as preferências dos leitores pagantes.
A salvação terá que passar, necessariamente, pela aposta em quatro vectores essenciais:
- desenvolvimento cuidado das notícias, contrapondo-se à superficialidade dos jornais gratuitos e da maior parte dos media electrónicos;
- aposta no jornalismo de investigação, abdicando do recurso excessivo a agências noticiosas;
- colunas de opinião exclusivas;
- marketing agressivo, acrescentando valor ao próprio jornal através das já vulgares campanhas como as de oferta de dvd's e livros (entre outros) gratuitos ou a preços aliciantes, levando o comprador a encarar a aquisição de um jornal como um bom negócio.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
sexta-feira, setembro 15, 2006
O futuro da imprensa escrita
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