Foi ao almoço que tudo se decidiu. Resta saber se o Bruno foi convidado e se o Daniel conheceu ou mostrou interesse em conhecer o Bruno. De facto, sempre achei o amor uma coisa linda. Não acredito que o encerramento seja definitivo. Qualquer dia encontram-se todos (menos o Bruno) no Majong, bebem umas jolas, fumam uma droga leve e o blog volta, qual morto-vivo, para nos voltar a fazer rir todos os dias.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quinta-feira, junho 30, 2005
quarta-feira, junho 29, 2005
Ministro aluga carro por 75 mil euros
Os ministros da Presidência do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira e das Finanças, Luís Campos e Cunha assinaram em conjunto uma portaria que autoriza o aluguer de uma viatura durante quatro anos para utilização do Executivo, com custos que ascendem a mais de 75 mil euros (ou, seja, 15 mil contos em moeda antiga).
Não especificando nem a necessidade premente que leva ao aluguer da viatura nem qual será o gabinete governamental que a vai utilizar, apenas diz que "os encargos serão inscritos no orçamento do gabinete que vier a utilizá-la".De acordo com o documento, os encargos anuais não poderão exceder os 18746 euros este ano, 19731 por cada um dos três anos seguintes 2006, 2007 e 2008), e 624 no último ano, 2009.
A impunidade com que se tomam medidas destas e a arrogância reflectida na falta de explicações revelam bem o nível de abandalho a que chegou este país.
São actos como este que "legitimam" a fuga aos impostos, as greves e o pessimismo generalizado dos portugueses. Minam o pouco que resta da credibilidade da classe política e fortalecem a ideia do salve-se quem puder.
Eu, tal como muitos que conheço e que têm outras opções, não estou disposto a fazer sacrifícios. É que 5% é um desconto importante e a Espanha está mesmo aqui ao lado.
terça-feira, junho 28, 2005
Actualização
- As comadres à estalada:
"O Bruno não me conhece, nem sequer de vista..." DO
"O Daniel Oliveira não me conhece, nem nunca mostrou interesse nisso." BCR
"Há quinze dias consegui, num telefonema às quatro da manhã, evitar que ele se demitisse" RT
"continuo a não poder mesmo manter-me por muito mais tempo a escrever no Barnabé" RT
"O único contributo que creio poder dar nesta altura é portanto deixar, com muita pena minha, de ser barnabita..." BCR
Não há nada como ver a esquerda barnabita numa boa lavagem de roupa suja. Talvez não fosse má ideia combinarem qualquer coisa no Bairro Alto e conhecerem-se uns aos outros.
- O Governo vai rectificar o Orçamento Rectificativo. Parece que a duplicação de algumas receitas não é considerada um erro por parte de quem nos governa. Se tivesse acontecido com Bagão Félix...
- O Bloco de Esquerda dá formação em Técnicas de Desobediência Civil, ou seja, pseudo-intelectuais arruaceiros dão formação cívica. Mais uma vez, nada de novo.
- Brilhante, a prestação de Medina Carreira, no Prós e Contras.
- O SCP é campeão nacional de futebol em Juniores e Juvenis.
sexta-feira, junho 24, 2005
Artur Albarran algures no deserto...
do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.
Ao que parece, é suspeito de crimes económico-financeiros e branqueamento de capitais.
Ao tomar conhecimento da notícia, Ana Drago, "porta-chaves" do BE, congratulou-se com a detenção, afirmando que o branqueamento é um crime grave e que este foi um passo de gigante na luta contra o racismo.
quinta-feira, junho 23, 2005
Gaffe
Instada ontem pela SIC Notícias a comentar as decisões do Tribunal Administrativo de Ponta Delgada e de Lisboa - que, respectivamente, deram razão aos professores e à tutela quanto à convocação de docentes para os serviços mínimos -, a ministra da Educação afirmou: "É um pronunciamento sobre um despacho que é do governo regional, num tribunal que é dos Açores, que não é de Lisboa e não respeita à república portuguesa, portanto não respeita ao nosso sistema".
O secretário de Estado da Educação emendou hoje a "gaffe" da ministra da Educação, que ontem afirmou que a decisão do Tribunal de Ponta Delgada sobre a convocação de professores para cumprir os serviços mínimos "não respeita à república portuguesa".
"A sra. ministra disse 'da República' em vez de 'do Governo da República'". Só "por maldade" ou "má intenção se pode ver outra coisa senão isto", esclareceu o governante.
Fonte: Público
Por acaso vi as declarações em directo e, pela cara da ministra, pareceu-me claro que que foi um erro grave.
A ideia que transpareceu foi a de que os Açores são uma coisa que fica lá longe e que nada tem a ver com a República.
PS: O que aconteceria se isto se tivesse passado com o Governo anterior? Nem uma palavra se ouviu ainda do "vigilante" Sampaio sobre este atropelo à soberania. Como mais uma vez se confirma, "episódios graves" só acontecem a alguns...
quarta-feira, junho 22, 2005
Agradecimentos
Muito obrigado a todos pela simpatia das mensagens e posts relativos ao aniversário deste blog. De facto, este ano passou muito depressa.
sexta-feira, junho 17, 2005
Grande Entrevista III
A ex-ministra esteve melhor quando abordou temas e questões mais técnicas.
A análise que fez do valor do défice apurado pela comissão Constâncio pareceu-me correcta e foi explicada com clareza, atacando o actual governo pela forma pouco íntegra com que interpretou e apresentou o estudo à opinião pública. A distinção entre a confirmação de uma valor do défice do ano anterior e a previsão de um para o ano em curso foi clara, revelando a demagogia do actual governo.
Explicou porque é que a subida de impostos há 2 anos foi diferente da presente e defendeu, ainda que com poucas palavras, as receitas extraordinárias, coisa com que concordo integralmente. Não só pelo que se ganha na venda mas também pelo que se deixa de gastar.
No aspecto do aumento de impostos, recomendo a leitura do excelente post do JCD no Jaquinzinhos.
PS: As vezes que Judite de Sousa tratou a ex-ministra por "Dra. Manuela" revelaram uma falta de nível nada aceitável numa pessoa com o seu cargo.
Grande Entrevista II
Não é verdade o que afirmou MFL relativamente ao facto de as pessoas só se terem queixado das reformas do Banco de Portugal porque quem estava em causa era o Ministro das Finanças.
Não temos a culpa de quem nos pede sacrifícios não esteja disposto a fazê-los por iniciativa própria. Foi apanhado e o seu caso serviu de alerta para muitas das vergonhas que acontecem. Os sistemas de reforma de muitas entidades públicas, criados livremente por quem nelas trabalha, chegam a ser imorais.
Grande Entrevista I
Confesso que fiquei desapontado com a entrevista feita por Judite de Sousa a Manuela Ferreira Leite. Falhou a entrevistadora, demasiado "soft", dando por vezes a ideia que a relação estabelecida entre ambas era a de aluna e professora. Desapontou a entrevistada em muitas das respostas que deu.
O discurso de perseguição aos políticos era dispensável e retirou-lhe, na minha opinião, alguma credibilidade. O problema da qualidade dos políticos passa por vários pontos, desde o vencimento e respectivos benefícios à noção de serviço público. A decisão de servir o país comporta algo mais que a simples (importante, é certo) questão monetária. Os políticos de topo, com provas dadas no sector privado, ganham sempre menos no sector público. No entanto, têm outro tipo de compensações, inexistentes no sector privado. As reformas, subvenções, mordomias, km's pagos, cartões de crédito e despesas de representação são incentivos financeiros, remunerações disfarçadas para enganar o "povo" invejoso que considera todos os políticos ladrões e não tolera vencimentos ao nível do sector privado. As declarações de Manuela Ferreira Leite, ao queixar-se do dinheiro que perdeu por não estar no sector privado revestiram-se de mau gosto, deixando transparecer algum azedume. Se algum favor nos fez, ela e todos os outros, foi por sua livre vontade. Se foi pela nobre arte de servir a causa pública, nunca se poderia queixar do que não recebeu.
O problema das pessoas que passam demasiado tempo na política é que não a encaram como uma passagem na carreira, dedicada ao serviço da causa pública. Como tal, a noção de servir conta pouco nos dias que correm. É claro que há excepções, mas a regra é esta.
Além do factor monetário e da recompensa pessoal e pública de servir, existem muitos outros aliciantes. A oportunidade de mostrar serviço ganha, na maior parte dos casos, uma dimensão exponencial. A experiência da governação, quer a nível nacional quer local é um factor de peso no cúrriculo pessoal. Alie-se a tudo isto uma rede de contactos e conhecimentos de alto nível que mais tarde servirão para potenciar a carreira no sector privado.
Estou de acordo que se podia e devia pagar mais na política, acabando-se com os esquemas acessórios. Houvesse vontade para se cortar no número excessivo de ministérios, deputados, assessores, consultores e todo um conjunto de funcionários necessários a manter a enorme máquina e seria fácil aumentar os vencimentos.
Por fim, não estará na hora de os empresários de sucesso deste país, bem na vida e com tempo para criarem grupos e conferências, se entregarem à causa pública?
quinta-feira, junho 16, 2005
Faz hoje um ano que este blog foi criado
Para alegria de alguns e desespero de muitos...está aqui para durar.
quarta-feira, junho 15, 2005
Parece que foi ontem!
Este blog cumpre amanhã o seu primeiro ano de vida. A linha já está feita. Agora siga pa bingo!
O "mensalão"
é um esquema em que o PT distribui valores de até R$ 30 mil mensais a parlamentares do PP e PL em troca de apoio político. Existe uma tentativa patética de livrar Lula da Silva, alegando que este não teria conhecimento do facto e culpando-se a cúpula do partido, em especial o ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Na realidade, estes actos vêm demonstrar a extrema generosidade do PT que, ao invés de querer tudo para si, distribui pelas outras forças políticas o dinheiro das empresas públicas.
Por cá passa-se o contrário, entre reformas milionárias e nomeações como a de Fernando Gomes, o dinheirinho vai sempre todo para os boys do partido. Excepção feita, claro, ao já longínquo caso do deputado do queijo.
terça-feira, junho 14, 2005
Olhe que não...
Independentemente da sua intervenção cultural, foi na acção política que se destacou. Neste aspecto, devo dizer que sempre olhei para Álvaro Cunhal como uma figura assustadora. Habituei-me, desde muito novo, a vê-lo no seu estilo agressivo, com as sobrancelhas sobre os olhos, a discutir de maneira inflexível, aplicando a mesma "cassete" ano após ano, sem nunca mudar uma linha no seu discurso. Alguns chamam-lhe coerência. Para mim, a fixação e a falha de evolução no pensamento político revelaram falta de humildade, para não dizer falta de inteligência. Os seus comentários após a queda do muro de Berlim deixaram transparecer também a sua frustação e raiva pela derrota daquilo que defendeu toda a sua vida. Para bem de todos nós, nunca lhe foi permitido concretizar o seu ideal de governação. Mesmo assim, durante o período em que teve influência, nasceram leis que ainda hoje assombram a nossa economia, responsáveis em grande parte pelo nosso atraso. Tinha carisma e personalidade, coisas que não abundam nos dias de hoje. Lutou e sofreu pelos seus ideais. Por tudo isto merece ser lembrado.
PS: O dia de Luto Nacional que se avizinha não tem justificação possível.
quinta-feira, junho 02, 2005
Tempos difíceis
Além de um líder ausente, pachorrento, sem ideias e ultra politicamente correcto ainda temos que levar com isto?
Ou o CDS arrepia caminho ou arrisca-se a desaparecer de vez...