A história da Europa e da própria União Europeia demonstram a impossibilidade de uma verdadeira união política entre os seus países. Somos demasiado diferentes em convicções, ideologias e tamanho. Não falamos a mesma língua, não partilhamos uma cultura comum ou ambicionamos as mesmas coisas. Estamos unidos na defesa dos direitos do homem, da liberdade, da democracia e de um espaço comum onde possamos trabalhar, estudar e viver.
A verdadeira riqueza da Europa está nesta união na diversidade.
Os franceses disseram não à Constituição. Podiam ter dito sim. De todas as análises feitas ao resultado e da procura de justificações para o mesmo, é fácil concluir que tanto num caso como noutro os motivos foram e serão diferentes dos dos restantes países da UE. Porque a causa do sim num país pode ser a causa do não noutro. Porque, apesar de tudo, ainda temos receio da perda de uma soberania que já pouco existe. Porque queremos ter uma palavra a dizer quando nos relacionamos com o mundo, mesmo que esta nos valha de muito pouco. Porque precisamos de coisas que nos unam (como se viu no Euro). Porque, no fundo no fundo, o que queremos mesmo é dar uma tareia nos espanhóis.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
segunda-feira, maio 30, 2005
O aborto da constituição europeia II
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