Não vejo, sinceramente, razão para tantos elogios à demissão de Paulo Portas. Compreendo-a. Está cansado e não lhe apetece passar mais quatro anos (ou talvez menos) na oposição. Quanto à dignidade, tê-la-ia quer ficasse quer se demitisse. O povo português não distingue Portas de Durão Barroso. Não distingue este último de Santana Lopes. Não distingue Sócrates de Guterres. São todos iguais, é tudo farinha do mesmo saco e o que interessa verdadeiramente é o presente. Os ciclos económicos decidem as eleições. O resultado desta resulta num castigo que os portugueses gostam de infligir sempre que sacrifícios lhes são exigidos, independentemente de quem está no governo ou de quem provocou a crise. Paulo Portas faz falta á direita e a quem nela se revê. Pegou num partido moribundo e fê-lo crescer. Veremos agora se o CDS-PP não é um partido unipessoal.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
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