Falta uma semana para as eleições nos Estados Unidos. Os candidatos, visivelmente cansados, desmultiplicam-se em visitas pelos onze estados que vão decidir a eleição. As sondagens dão, na sua grande maioria, a vitória a Bush pela margem mínima. Kerry vai buscar um Clinton diminuído e em convalescença, demonstrando que vai lutar até ao fim com todas as armas que tiver. Não se sabe bem até que ponto este irá influenciar a votação. O facto é que, quando questionados, os participantes no comício democrata de Filadélfia responderam claramente que se pudessem votavam em Clinton. A falta de ideias e a incapacidade de acrescentar algo a esta campanha leva os democratas a recorrer a estes estratagemas. É a última grande cartada. Entretanto, numa manobra clara e carregada de demagogia, a dupla democrata vem, mais uma vez, acusar o presidente de incompetência devido ao desaparecimento de explosivos no Iraque. Sejamos claros, todo o discurso democrata está, neste momento, virado para a questão iraquiana. Sintetizando: a guerra foi mal preparada; só se devia ter avançado com o aval expresso da ONU; a guerra no Afeganistão foi boa mas deixar fugir Bin Laden foi mau; ao mesmo tempo que se dava a invasão do Iraque, a Coreia do Norte e o Irão armavam-se até aos dentes. São estes os trunfos (??) dos democratas. O que ainda não se conseguiu perceber é quais as soluções de Kerry e Edwards para estas e outras questões como o seu plano global de guerra ao terrorismo. Irão fazer o mesmo que Clinton, ou seja, nada? Qual a solução destes para o Iraque? E em relação ao Irão e à Coreia do Norte? Já agora, como vão capturar Bin Laden? E como explicam o seu passado de votações no Senado relativamente a estes aspectos? Será que com o seu passado conseguirão trazer a credibilidade aos EUA que consideram ter sido perdida?
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
terça-feira, outubro 26, 2004
A última semana
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário