Começo por dizer que não tenho uma posição formada acerca da questão da lei do aborto. A lei actual prevê uma série de situações em que o aborto pode ser realizado até determinada altura da gravidez. Não sei se são as suficientes nem sei se são demasiadas. A questão é que existe uma lei, houve um referendo há pouco tempo e anda tudo a discutir um problema que, pelos vistos, não suscitou grande interesse na altura. Pelo menos pelo que nos foi dado a ver pela abstenção no dito referendo. Não gosto quando deixamos este e outro tipo de questões sérias ao livre arbítrio. A vida e a morte são assuntos sérios demais.
No entanto, também me preocupam questões de outra ordem. Qual o papel do homem em todo o processo? Esse sinceramente vejo-o pouco discutido e sei bem porquê. Quando vejo mulheres em manifestações a gritar "aqui mando eu!!" sinto-me completamente excluído. Ao fim e ao cabo, apesar de serem precisos dois para fazer basta um para desfazer. No caso de o homem querer o filho e a mulher não o querer prevalece a decisão desta. Sejamos claros. A questão não depende de nós. Não os carregamos porque a natureza não nos encarregou disso. Não temos voto na matéria. Por isso proponho que deixem de nos chatear com estas merdas todas de barcos e manifestações, façam um referendo entre as mulheres e deixem que elas decidam. Afinal, já o fazem de qualquer maneira.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
terça-feira, agosto 31, 2004
Barco do aborto
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