Há uns anos, Mano Silva cometeu a irresponsabilidade (sejamos simpáticos) de dar o seu património pessoal como garantia de empréstimos contraídos pelo clube desportivo a que presidia e ainda preside. Pior do que isso, fê-lo acreditando nas palavras dadas pelos mesmos autarcas que se têm entretido a destruir a sua terra nas últimas duas décadas.
O dinheiro, terrenos e licenças prometidas não chegaram ou chegaram tarde pelo que os bancos não hesitaram em penhorar todos os seus bens pessoais. Tal facto motivou a greve de fome que assistimos nas notícias dos últimos dias e que, no meio de tantas desgraças e problemas sérios que afectam as vidas de milhões pareceu, no mínimo, uma coisa leviana e desajustada.
Mas enfim, pode-se imaginar o desespero de se ver desaparecer um património contruído ao longo de uma vida de trabalho e até se pode admirar a coragem necessária para se fazer uma greve de fome que seria, segundo o próprio, para levar até ao fim caso os problemas não se resolvessem.
Felizmente, fomos hoje surpreendidos pela notícia de que a greve foi «suspensa por ordem dos médicos»
Suspender uma greve de fome é, por si só, muito bom.
Fazê-lo por ordem dos médicos confere-lhe uma dimensão galáctica.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
sexta-feira, abril 24, 2009
A cereja no topo do bolo
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