«Um feto de dez semanas não é um filho, nem um bebé, não tem alma, nem consciência, não tem dentinhos, nem sentimentos em relação ao útero onde habita. Não passa de uma potência de vida cá fora, dessa esperança depositada pela família, os amigos e a sociedade que o espera para brincar, educar e amar no mundo dos créditos e carros que se estragam. Tem tanto de milagre como o poderia ter a fecundação noutras espécies vivas.»
«Para uma mulher que não deseja um filho não há maior inferno que se ver a braços, sem ajudas ou amor, com um feto de nove meses. E de eles, do seu ódio, da sua hipocrisia, da sua altivez, da sua alta moralidade, ninguém voltará a ouvir. Nada farão pela vida, nem pelas Joanas mortas por pais alcoólicos, nem pelas mulheres que morrem num vão de escada, nem pelas meninas violadas nos centros de acolhida. Para eles, a vida só tem maiúsculas se tem dez semanas e pode ser mostrada em ecografias em blogues com moral muito mais alta que este.»
Rititi no blog "Sim no Referendo"
Deixo apenas um pequeno reparo: os "dentinhos" só aparecem passados meses da "potência de vida" ter nascido. Mas compreendo o raciocínio. O importante é ser desejado pela mãe "no mundo dos créditos e carros que se estragam".
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Porque acredito na vitória do Não
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