O Prós & Contras de ontem serviu, única e exclusivamente, para demonstrar (aos poucos que ainda não tinham dado por isso) o estrondoso défice de qualidade dos autarcas da cidade de Lisboa.
Carmona Rodrigues, que fala pouco e explica ainda menos, é a imagem típica daqueles políticos cheios de boas intenções mas que se vêem demasiado embrenhados nas teias burocráticas para acreditar realmente na mudança. Tudo o que não se fez ou fez mal deriva de problemas externos à entidade que rege, estando plenamente convencido do trabalho exemplar que faria caso não existissem os ministérios, os decretos-lei que regulamentam a EPUL, o PDM, o Metro, a APL e tantos outros a dar-lhe cabo do trabalho.
Carrilho poderia ser um óptimo presidente não fosse o facto de ser um tipo arrogante e mal-educado, comportando-se como uma autêntica besta quadrada. As dificuldades que tem em ultrapassar a derrota impedem-no de utilizar um discurso de alternativa, não obstante parecer ser o único a ter uma ideia coerente do que deve ser Lisboa e de como deve ser gerida a autarquia.
Sá Fernandes, o empata-obras, tem algumas boas ideias que nunca serão postas em prática devido à fama de inconsciente ganha no caso do túnel do Marquês. Ainda assim, percebe-se que gosta da cidade e poderá ter um papel útil caso continue a denunciar situações realmente importantes como a do inexplicável terminal de barcos de cruzeiro em frente a Alfama.
Maria José Nogueira Pinto transmite uma ideia de trabalho e seriedade que se dissipa imediatamente quando entra em guerras pessoais e partidárias, discussões de lugares em empresas e viabiliza orçamentos maus em troca de propostas insignificantes.
Rubens de Carvalho é jornalista.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
terça-feira, dezembro 12, 2006
Entregue aos bichos
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