Passa-se, neste momento, uma batalha entre a direcção do CDS e o seu grupo parlamentar.
Depois de um congresso em que Ribeiro e Castro saíu como vencedor-surpresa, derrotando a ala "portista", a sua actuação como líder do partido tem deixado muito a desejar.
A ideia inicial de que podia liderar um partido passando três dias por semana em Bruxelas tem-se revelado desastrosa. Nos restantes dias que passa por cá pouco se vê, aparecendo nalguns jantares de ocasião, sempre numa postura apagada e virada apenas para o interior do partido.
Acontece que, com tanta ausência, quem tem arcado com a totalidade da oposição ao governo tem sido o grupo parlamentar, constituído na sua totalidade por deputados da ala "portista".
Não acredito num líder partidário que não seja deputado do Parlamento nacional pois é lá que a grande fatia do debate político e da visibilidade acontece.
Como tal, Ribeiro e Castro tem duas opções num futuro próximo: ou se demite, deixando um caldo complicado pois ninguém quer assumir a presidência do partido numa altura em que a popularidade de Sócrates continua em alta e com as próximas eleições a uma distância considerável, ou passa a colaborar com o grupo parlamentar no combate ao Governo, pois é neste que reside o verdadeiro poder do partido no presente e nos próximos 3 anos.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quinta-feira, março 16, 2006
Ninguém quer o poleiro
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