A publicação dos cartoons de Maomé na Dinamarca serviu na perfeição para tirar dúvidas (a quem ainda as tinha) acerca do poder que o islamismo radical tem vindo a atingir através do terror que espalha pelo mundo.
Discussões em torno de temas como a liberdade de expressão, dado adquirido, praticado e legislado na chamada "civilização ocidental", não passam de meros 'fait-divers' em relação ao que realmente está em causa: o medo que um bando de fanáticos sem escrúpulos provoca ao mundo, em especial à Europa e aos EUA.
Este medo tem origem numa causa fundamental, o fanatismo religioso, que por sua vez se desdobra em duas: a existência de Israel e a concentração massiva dos recursos petrolíferos em países muçulmanos.
Em relação a Israel nada há a fazer. É certo e sabido que muçulmano que se preze nunca há de aceitar a existência de tal Estado. Como tal, o problema só será resolvido (e algum dia terá que ser) através da força bruta. Não há volta a dar e tudo o que diga respeito a negociações é um mero adiar do inevitável. As recentes eleições na Palestina (ganhas por uma organização terrorista) e a linha seguida pelo Irão não deixam margem para um possível entendimento.
Já em relação ao problema do petróleo, que daqui a quatro ou cinco décadas deixará de fazer sentido, tudo reside na excessiva dependência que o mundo tem deste e por conseguinte, nos cortes que os países que o produzem possa efectuar. Os consecutivos atrasos na investigação e desenvolvimento de combustíveis alternativos colocaram-nos nesta situação e só uma inversão clara das políticas energéticas nos tirará dela.
O argumento baseado no facto de nem todos os muçulmanos serem fanáticos extremistas perde a validade a partir do momento em que não são condenados pelos ditos moderados.
Na práticas, os extremistas detêm o poder e não há quem lhes faça frente.
Num cenário destes, uma clara demonstração de união nos princípios da nossa civilização era o mínimo que se podia esperar de quem nela manda.
As patéticas tentativas de justificação por parte do governo dinamarquês, a "compreensão" demonstrada pela esquerda europeia oportunista e malformada em relação aos actos terroristas sucedidos e, até por cá, o discurso cego e desprovido de valores do nosso MNE têm servido, unicamente, para denegrir a chamada civilização ocidental e os valores que defendemos.
A cobardia dos dirigentes europeus não será sustentável a longo prazo, sob pena de perdermos os valores fundamentais que tantos séculos demorámos a conquistar.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Geração Chicken
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário