Eu sei que Carlos Candal é uma daquelas cavalgaduras sem nível que muito contribuiram para o estado deplorável da política portuguesa, um selvagem provinciano que ainda teve o desplante de deixar sucessão da mesma estirpe.
Acontece que no caso de Manuel Alegre as suas declarações são pertinentes e fazem todo o sentido.
Há muito que o PS de Manuel Alegre não existe. As atitudes que tem tomado reflectem um homem apenas preocupado consigo próprio e com uma eventual recandidatura nas próximas presidenciais.
Os votos contra a sua bancada, o piscar de olhos à extrema esquerda, o movimento cívico e, pasme-se, a declaração de que se pudesse ser eleito como independente o faria são razões mais do que suficientes para correr com ele do partido que o elegeu.
Ser um histórico não lhe dá direitos especiais de militância e se tivesse um pingo de vergonha já teria batido a porta tal como fez José Miguel Júdice no PSD.
Mas a vergonha é uma coisa complicada, especialmente para um sonhador que se serve de todos os meios ao seu alcance para atingir objectivos pessoais sob a capa romântica da revolução.
Um blog de Joaquim Gagliardini Graça
quinta-feira, março 12, 2009
O poeta calculista
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2 comentários:
Hoje, então, ouvi uma coisa extraordinária nas notícias da manhã. Dizia Alegre que Sócrates é que tem de decidir se vai com Alegre à eleições, não é Alegre que tem de decidir se vai com Sócrates. E repetiu o dislate perante a insistência da repórter.
Chegámos ao ponto zero do common sense...
Atenção, não estou a branquear as afirmações de Candal. No fundo, em matéria de vanidade é tudo farinha do mesmo saco!
Todo este jogo de Manuel Alegre faz-me pensar se ele não terá algum podre (mais um) sobre Sócrates ou alguém próximo suficientemente forte para que o partido o continue a aturar desta maneira.
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